quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estatuto da Criança e do Adolescente completa 17 anos



O Estatuto da Criança e do Adolescente completa nesta sexta-feira (13) 17 anos de existência. Durante esse tempo, muito tem sido feito para mudar a realidade de milhares de menores que vivem em situação de risco. Na Grande São Paulo, dois projetos preparam adolescentes para o mercado de trabalho.



Mãos que estiveram a serviço do tráfico ou do trabalho ifantil são, agora, rápidas no telclado do computador. Trinta jovens com idades entre 14 e 19 anos participam de um projeto de aprendizes em Santo André, no ABC Paulista, parceria entre a Prefeitura do município e o Senac. O poder publico oferece uma bolsa de R$ 60 e as instalações. O Senac entra com os professores e tem parcerias com a inciativa privada, o que pode gerar contratações.

Os alunos recebem de graça aulas de comunicação, informática e orientação sobre o mercado de trabalho. O aprendizado já mudou a perspectiva de futuro de vários jovens aprendizes.



Em Diadema, também no ABC, há o projeto Adolescente Aprendiz: são 72 salas de aula em 16 núcleos habitacionais da cidade. Nos sete anos de existência, 12 mil jovens já passaram por lá. Eles aprendem e depois de um ano devolvem o conhecimento para a comunidade, em forma de projetos.

Todas essas inciativas têm a finalidade de tirar crianças das ruas e dar oportunidades e instrumentos para que elas possam enfrentar o futuro. São frutos de políticas públicas e privadas motivadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.



O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do adolescente fez um balanço dos últimos dez anos: 7 milhões de menores estavam no trabalho infantil; hoje, são esse número diminuiu para quase 3 milhões. A mortalidade infantil era de 60 crianças por mil; hoje é de 27 por mil. A estatística ainda mostra que 15 milhões de adolescentes têm problemas com a Lei: 6.700 só no estado de São Paulo. E 500 mil crianças são vítimas da exploração sexual.

O coordenador de um projeto chamado Meninos e Meninas de Rua, Ademar Carlos de Oliveira, diz que "a sociedade precisa ver cada vez mais o que está acontecendo com as nossas crianças, ou perceber em si parte de culpa por que isso está acontecendo. As pessoas precisam adotar, no sentido mais amplo da palavra, o conjunto das crianças e adolescentes no país".

Para concorrer a uma vaga nos cursos de aprendiz em Santo André ou em Diadema, os jovens devem estar matriculados na escola ou dispostos a voltar a estudar.

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